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    Insurgência Reconstrução Democrática
  • 28 de jun.
  • 3 min de leitura
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Neste dia do orgulho LGBT+, em um contexto de crise, genocídio e ataques aos nossos direitos, é fundamental conectar as lutas!

 

O pink money foi, por anos, projetado pelo Vale do Silício, que hoje se alinha à extrema direita e ataca políticas afirmativas.

 

A perseguição a pessoas LGBT+ tem se intensificado notavelmente, como exemplificado pela política fascista de Trump (e Musk) nos EUA, revogando garantias duramente conquistadas e perseguindo pessoas trans. Da mesma forma, no Reino Unido a Suprema Corte decidiu que a definição legal de "mulher" na legislação de igualdade se restringe ao sexo biológico, excluindo, assim, mulheres trans. Sob os aplausos e financiamento da-bilionária-que-não-deve-ser-nomeada.

 

Este tem sido, com certeza, o mês do orgulho mais capenga dos últimos anos. Há muito pouco o que celebrar, muita perseguição contra nosso povo e muita luta a ser travada.

 

Em meio a este cenário, há um genocídio em Gaza. Dia após dia, vidas palestinas são ceifadas pela colônia européia e posto avançado do imperialismo no Oriente Médio, autoproclamado Estado de Israel.

 

Entre as diversas propagandas sionistas de naturalização de sua invasão e genocídio, Israel busca apresentar-se como a nação civilizada em meio “aos povos bárbaros".

 

Israel também busca se apresentar como o único país “LGBT+ Friendly” da região. Diz garantir e respeitar a diversidade em contraste à suposta barbaridade dos demais países. A propaganda sionista esconde as complexidades e particularidades dos países do Oriente Médio. A exemplo do Irã, recentemente bombardeado por Israel e EUA, em que a homossexualidade é perseguida, mas há, também, política pública de acesso a cirurgias de reafirmação de gênero.

 

Contradição que não afasta as problemáticas, mas revela a farsa da propaganda sionista e orientalista, usada sempre para sua expansão imperialista.

 

O sionismo que se diz oásis da diversidade exterminou, até agora, pelo menos 55 mil pessoas.

 

Não há qualquer orgulho no Estado genocida de Israel. Deve gerar repulsa a bandeira arco-íris estendida na frente de tanques e máquinas fascistas de guerra. Não há arco-iris que cubra os rios de sangue palestino derramado.

 

É preciso que, nós, LGBT+, reflitamos sobre o que nos trouxe a este ponto. Que ônibus errado pegamos que nos distanciou das trans pretas como Marsha P. Johnson afrontando a polícia dos EUA. Para vermos a ascensão das gays que tem o direito de se casar e exterminar povos oprimidos e das bombas com bandeira colorida.

 

Vemos pessoas LGBT+, “influencers” viajando à Israel em meio a um genocídio, porque o sionismo “promove diversidade”. Falta educação libertadora para enfrentar a tentativa de captura das lutas pelo capital e sua representatividade vazia.

 

Que este 28 de junho sirva não como festa esvaziada, mas como retomada do levante. Que nos reencontremos com o caráter histórico e revolucionário da luta LGBT+, forjada nas esquinas, nas celas, nos guetos e nas barricadas. Que do orgulho renasça a fúria — a mesma que atirou tijolos em Stonewall, que gritou por dignidade para as travestis negras expulsas das escolas, e que hoje ecoa na dor das mães palestinas enterrando seus filhes sob os escombros. Que cada bandeira colorida que hastearmos esteja cravada de sentido e solidariedade, nunca cúmplice da opressão, mas sempre rebelde contra ela. Por Marsha, por Dandara, por todas que ancestralizaram e pelas que resistem: Palestina livre do rio ao mar! Orgulho é luta, orgulho é povo, orgulho é nosso grito contra o massacre!


Por Insurgência Reconstrução Democrática e Rebelião Ecossocialista

 
 
 
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  • 15 de jun.
  • 2 min de leitura
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Por Birô Executivo da IV Internacional


O ataque sem precedentes de Israel ao Irã, na madrugada de 12 de junho, é resultado direto da impunidade da qual o estado sionista vem desfrutando, mesmo perpetrando na Palestina um genocídio transmitido ao vivo nos últimos 20 meses.


Sob o pretexto cínico da "autodefesa", Israel transformou sua velha política de apagamento dos palestinos em um genocídio em grande escala. Agora, o estado sionista amplia essa agressão à toda a região, bombardeando o Irã. Para isso, alega defender-se de uma hipotética ameaça nuclear, mesmo não sendo signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear nem preste contas de seu próprio arsenal atômico.


O governo dos Estados Unidos e muitos da Europa continuam a armar Israel, fornecendo armas, financiamento e cobertura política enquanto Netanyahu comete atrocidades em massa em toda a região. A Casa Branca de Trump diz que Israel agiu unilateralmente contra o Irã, nega qualquer envolvimento, embora seja o principal fornecedor das armas usadas no ataque recente e reconheça ter sabido com antecedência da operação israelense.  Juntamente com outros governos que armam e protegem Israel, os EUA são cúmplices das agressões de Israel e de sua expansão colonialista na região. Todos são parceiros na atrocidade.


Essa beligerância não apenas ceifou e ceifa vidas de civis, mas também ameaça a longa e corajosa luta do povo iraniano contra um regime repressivo, cujo último ponto alto foi o movimento "Mulher, Vida, Liberdade".


A história mostra claramente: não há caminho para a democracia sob a sombra da guerra. Apoiamos firmemente o povo do Irã - tanto em sua resistência contínua à ditadura dos aiatolás, quanto em seu direito de viver livre de agressões militares estrangeiras.

Denunciamos o ataque de Israel ao Irã e exigimos que a pressão internacional interrompa de imediato essa escalada bélica regional, imprudente e assassina.


Exigimos com urgência:

Israel e EUA, tirem as mãos do Irã!Fim imediato da escalada regional!Solidariedade com os presos políticos e defensores dos direitos humanos no Irã e vigilância contra novas repressões do regime.


Como temos feito há meses, continuamos a exigir:

Sanções a Israel já!Fim imediato de todo comércio de armas com Israel!Mobilização global para acabar com o genocídio na Palestina!

 


Por Birô Executivo da IV Internacional

12 de junho de 2025


 
 
 
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    Insurgência Reconstrução Democrática
  • 30 de abr.
  • 4 min de leitura
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Em 5 de abril, nos Estados Unidos, 1.300 manifestações envolvendo 500.000 pessoas expressaram uma ampla indignação contra Trump e seu governo de extrema direita. Essas mobilizações, significativas, mas ainda em estágio inicial, mostram que é possível responder aos ataques violentos perpetrados ao redor do mundo contra os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, migrantes, vítimas de opressão racial, mulheres e comunidade LGBTI.


Na Sérvia, Grécia, Coréia do Sul, Turquia, Grã-Bretanha, Alemanha, Argentina e Índia, setores significativos da população também se mobilizaram contra seus governos e contra a extrema direita, colocando muitos desses governos em apuros. A juventude desempenhou um papel fundamental em todas essas lutas e resistências. O amplo movimento de solidariedade ao povo de Gaza contra o genocídio imposto pelo estado sionista, que mobilizou centenas de milhares de jovens, muitos deles de origens racializadas em países imperialistas (incluindo judeus antissionistas), mostra o caminho a seguir na mobilização contra as ofensivas imperialistas e da extrema direita. Este movimento fortalece a solidariedade com a resistência ucraniana contra a invasão russa, a resistência do povo Kanak contra o imperialismo francês e todas as outras formas de solidariedade e resistência antifascista e anti-imperialista.


O 1º de maio 2025 é uma oportunidade para demonstrarmos nossa solidariedade internacional com as lutas contra as políticas belicistas, a extrema direita, contra as políticas neoliberais e pelos direitos democráticos, econômicos e sociais da população. A bandeira palestina tremulará como símbolo da resistência em todo o mundo.


***

O mundo se tornou ainda mais instável, incerto e perigoso. Devemos enfrentar a emergência climática e a crise econômica, social e política engendrada pelo capitalismo. As políticas autoritárias e xenófobas-protecionistas de Putin e Trump, e as guerras imperialistas e comerciais que estão travando, estão aprofundando a crise deste sistema. As medidas de Trump agravam a crise econômica e causam mais inflação e demissões, além de reforçar o extrativismo ecocida e imperialista. Governos autoritários, imperialistas ou subimperialistas, como os de Trump, Putin, Netanyahu, Meloni, Orbán, Erdogan, Modi, Xi Jinping e Marcos estão conduzindo os ataques. Simultânea e articuladamente, com base em seu conservadorismo reacionário, estão multiplicando ataques contra os direitos sociais e democráticos, bem como contra os direitos reprodutivos das mulheres, pessoas LGBTI, particularmente pessoas trans, contra as liberdades de imprensa e expressão, contra migrantes e todas as camadas racializadas da população — que estão sofrendo crescente discriminação, ilegalidade, separação familiar, prisão e deportações.


Diante dessa situação, a Quarta Internacional afirma a necessidade urgente de lutar pela mais ampla liberdade de circulação de pessoas e trabalhadores, para que possam se estabelecer onde escolherem, com igualdade de direitos, independentemente de nacionalidade, origem, gênero ou sexualidade. A Quarta Internacional exige o congelamento de preços e o aumento de salários, o cancelamento de dívidas ilegítimas e a expropriação de bancos e grandes empresas de energia.


***

A resposta às políticas belicistas de Trump e Putin, que estão tomando forma no genocídio na Palestina e na invasão da Ucrânia, bem como em suas tentativas de chegar a um acordo para dividir a riqueza ucraniana, não pode ser o militarismo. A União Europeia tenta se organizar para formar um terceiro polo econômico e militar com base em uma corrida precipitada em direção belicismo e a políticas de austeridade antissociais. Ela usa o pretexto de responder a Putin e Trump para aumentar os orçamentos militares. Afirma que, para isso, são necessários cortes drásticos nos gastos sociais — em hospitais, escolas, pensões e aposentadorias, servidores públicos e, claro, ajuda aos países do Sul, como Trump fez. Essa política está repleta de ameaças à humanidade, seja pelas guerras, incluindo a guerra nuclear, seja pela ascensão do neofascismo ao redor do mundo e sua rejeição aberta à luta contra a crise climática.


Assim, a Quarta Internacional convoca um movimento global contra as guerras, a militarização e contra as armas nucleares. Este movimento não entra em conflito com o apoio à luta armada e desarmada dos povos contra as guerras imperialistas, particularmente na Palestina e na Ucrânia, mas de todos os povos submetidos ao imperialismo e às potências regionais no Congo, Sudão, Sahel, Curdistão, Armênia, Iêmen e Mianmar. Ao contrário, os fortalece. Porque não pode haver paz sem justiça.


É preciso urgentemente construir outro mundo baseado na cooperação e não na violência, na socialização (de recursos naturais, transporte, bancos) e não na competição, em decisões democráticas sobre o que produzir e quais bens circular, na solidariedade e não no ódio incentivado pela extrema direita. Na vanguarda do enfrentamento a esse grande desafio estão aqueles que lutam contra a extrema direita, contra os governos liberais, contra a guerra, pela libertação da Palestina e da Ucrânia. A Quarta Internacional expressa isso em seu manifesto pela revolução ecossocialista, adotado em seu 18º Congresso.


Neste 1º de Maio, convocamos os trabalhadores e trabalhadoras, camponeses e camponesas, moradores e moradoras de bairros pobres e todos os povos e setores oprimidos a se mobilizarem massivamente para mudar o mundo. Diante da ascensão da extrema direita e das políticas autoritárias de todos os governos, a Quarta Internacional clama pela construção de campanhas unificadas em resposta ao imperialismo belicista, ao neofascismo e ao neoliberalismo. Vamos mudar a correlação de forças!


• Solidariedade internacional contra o imperialismo e o autoritarismo no dia 1º de maio, dia histórico de resistência e solidariedade internacional!

• Pelo fim das guerras e da militarização. Que as tropas sionistas saiam dos territórios palestinos e que as tropas russas se retirem da Ucrânia!

• Enfrentemos a extrema direita em todo o mundo!

• Defendamos as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras, povos e setores oprimidos, em direção à revolução ecossocialista!


Declaração do Birô Executivo da Quarta Internacional

28 de abril de 2025 


 
 
 
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